terça-feira, fevereiro 15, 2005

Qual é a característica mais importante num advogado?

De acordo com um inquérito efectuado no site www.lma-advog.com, a característica mais importante num advogado é:
a Oratória: 11%
a Inteligência: 41%
os Conhecimentos Jurídicos: 26%
o Aspecto Físico: 19%
Outra: 19%
Não sabe/ Não responde: 4%


Mas o que fará verdadeiramente de alguém um bom advogado?
Dominar a arte da oratória?
A inteligência?
A boa imagem?
Conhecer muita gente?
Conhecer todas as leis?
Ser honesto?
Dominar as novas tecnologias?
Reunir todos os requisitos anteriormente citados?

Será que o que faz de alguém um bom advogado é ganhar muito dinheiro, ter muitos clientes e aparecer todos os dias na televisão?

Para mim, o bom advogado é, em primeiro lugar, o que tem um grande amor pela actividade que exerce.
É o “amor à profissão” que o ajuda a ultrapassar os obstáculos com que se depara.

Porque ser advogado não é fácil…
Bem sei que muitos não concordarão comigo.
Para muitos, o advogado é o “rei das manhas”, que engana tudo e todos para atingir os seus objectivos e, por isso, tem muito dinheiro.
Embora esta seja a imagem que muitos cidadãos têm dos advogados, penso que a realidade é bem distinta do quadro traçado por estes.

É diferente porque os advogados não são ricos – veja-se neste sentido o inquérito promovido pela Ordem dos Advogados.
Mas é também diferente porque os advogados não vivem da burla e do engano.
Os advogados são, até por expressa imposição deontológica, honestos, rectos, leais e sinceros.

Lá está o ingénuo a falar! - dirão alguns…
Pois, pois! – dirão outros…

Mas a honestidade, a lealdade e a rectidão não constituem obstáculo ao correcto exercício da advocacia.
Estão, pelo contrário, na sua essência.
E a esmagadora maioria dos advogados dos dias de hoje percebeu e pratica isto.
Porque ama a sua profissão…

E para que não pensem que os advogados não têm sentido de humor, nada como terminar com uma pequena anedota:

Um advogado e um Papa chegaram juntos aos Céu.
São Pedro disse ao advogado para se instalar numa bela mansão de oitocentos metros quadrados, no alto de uma colina, com um pomar, piscina, etc.
O Papa, que vinha logo atrás, pensou que seria contemplado com um palacete mas ficou pasmado quando São Pedro disse que ele iria morar numa pequena casinha situada na periferia.
Irritado, o Santo Padre observou:
- Não estou entendendo mais nada! Um homem medíocre como esse simples advogado recebe uma mansão como aquela e eu, Pontífice da Igreja do Senhor, vou morar numa espelunca!!!
E São Pedro respondeu:
- Espero que Sua Santidade compreenda… de Papas o céu está cheio… mas advogados...esse é o primeiro que recebemos…





1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Ser advogado não é fácil, pois não!
Mas é tão difícil exercer como é tentar explicar as dificuldades a alguém que não é advogado.

Ou as responsabilidades, ou as despesas, ou a forma como por vezes somos encarados por juízes, colegas, funcionários judiciais e muitas vezes inclusive pelos próprios clientes.

Mas tudo isso é superado no gosto pelo exercício, do mandato.

Nada me dá mais gozo que ganhar uma acção, em que a razão do meu cliente é juridicamente concretizada numa sentença/acórdão que realmente traduza e transpire justiça.

Por tudo isto, ser advogado não é fácil, mas por vezes é muito gratificante.

21 de junho de 2005 às 17:14  

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